Publicado em 11/12/2018 às 12h05.

Fábio Vilas Boas e o projeto para tirar da regulação a pecha de ‘fila da morte’

"A meta é receber 500 e atender 500 no mesmo dia"

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“O único lugar onde o sucesso vem antes que o trabalho é no dicionário”

Albert Einstein, físico alemão, pai da teoria da relatividade (1879-1955).

Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba

A regulação, o patinho feio do governo na última campanha eleitoral, apresentada como a fila da morte, virou sinônimo de maldição.

Ela veio em 1999 para indicar ao paciente o local onde tinha vaga e assim acabar a práxis de então, as pessoas em busca socorro morriam nas portas dos hospitais depois de perambular por vários. Não funcionou. As pessoas passaram a morrer por aí, na espera. Na última campanha ela apareceu como o patinho feio do governo, apresentada como a fila da morte. E era.

Fábio Vilas Boas, o secretário da saúde do Estado, montou um esquema para virar o jogo.

500 a 500

Ele instalou uma central no Hospital Roberto Santos com software que dá a condição o paciente, o que ele já recebeu de assistência, em todos os cantos do Estado conectado aos 58 hospitais da rede pública, que dita exatamente o número de vagas existentes, quantos estão na fila e a quanto tempo. Até pelo celular vê tudo o que se passa.

Fábio diz que a regulação recebe 500 pacientes em média por dia. Em setembro, quando começou o novo modelo, tinha dois mil na fila. Hoje são 1.200, com o tempo de espera caindo em todas as especialidades.

— A meta é receber 500 e atender 500 no mesmo dia.

Na própria Sesab montou um grupo, junto do gabinete dele, para os casos em que a espera é longa. E constrói um novo prédio, atrás da Sesab, só para isso. É uma boa notícia de fim de ano.

Com o sotfware

Fábio Vilas Boas conta que a pretensão inicial era trazer o software do Incor. Os interessados em vender (R$ 20 milhões) foram à justiça dizendo que a Fundação Zerbini, que cuida do Incor, estava abrindo mão de um patrimônio. Pegou o da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.

À 1h30 da última sexta resolveu dar uma olhada na regulação pelo celular, usando o dispositivo. Luzes apagadas, todo mundo dormindo. Agora a luz fica acesa direto.

— Nós estamos pagando para eles ficarem de plantão. E se alguém precisar de um atendimento urgente?

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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