Publicado em 23/08/2017 às 07h34.

Filho de ministro baiano é alvo da nova fase da Lava Jato em Salvador

Advogado tem mandado de condução coercitiva contra si e a Polícia Federal foi enviada à sua casa, em Brasília

Redação
Foto: Reprodução
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O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, é alvos de um mandado de condução coercitiva na 45ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira (23) em Salvador, Brasília e Cotia (SP). Ao todo, quatro ordens judiciais de busca foram cumpridas, duas delas na capital baiana.

De acordo com a TV Globo, há uma intimação para que Tiago Cedraz compareça imediatamente à superintendência regional da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento. Uma equipe da PF foi enviada à sua residência, na capital federal.

Ele foi citado em depoimento de Jorge Luz, que está preso em Curitiba e foi ouvido no âmbito da 44ª fase. Segundo as investigações, Luz disse que Cedraz recebeu propina de 20 mil dólares e intermediou as conversas entre a Sargeant Marine, uma das maiores produtoras de asfalto do mundo, e a Petrobras.

A ação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e é um desdobramento da 44ª etapa, que prendeu o ex-deputado federal ex-petista Cândido Vaccarezza, e foi batizada de Abate II.

Segundo a PF, a atual etapa investiga dois advogados que participaram de reuniões em que o esquema criminoso, com o pagamento de propinas a agentes da Petrobras, teria sido planejado.

Eles teriam recebido comissões pela contratação de uma empresa americana pela estatal, mediante pagamentos em contas mantidas na Suíça em nome de off-shores, segundo as investigações.

A PF também detectou a participação de um ex-deputado federal, cujo nome não foi divulgado, e uma assistente dele na prática dos crimes e no recebimento de pagamentos indevidos.

O advogado divulgou nota em que reitera “sua tranquilidade quanto aos fatos apurados por jamais ter participado de qualquer conduta ilícita”. Cedraz afirmou ainda que “confia na apuração conduzida pela força-tarefa da Lava Jato e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários”.

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