Publicado em 19/01/2019 às 08h00.

Flávio Bolsonaro: ‘Sou contra o foro, mas não é uma escolha minha’

Filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador eleito argumenta que está sendo investigado "de forma ilegal" pelo Ministério Público

Redação
Foto: Rafael Wallace/Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
Foto: Rafael Wallace/Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

 

Investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por ‘movimentação financeira atípica’ em seu gabinete enquanto deputado estadual no Rio de Janeiro, o senador eleito Jair Bolsonaro afirma que a investigação “é ilegal” e que é contra o foro privilegiado, embora tenha usado o artifício para pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendesse a investigação.

“Sou contra o foro, mas não é uma escolha minha. O foro é por prerrogativa de função. Querendo ou não, eu tenho de entrar com o remédio legal no órgão competente. O STF é o único órgão que pode falar qual é o foro. Não estou me escondendo de nada nem defendendo foro privilegiado para mim. Vou onde tiver que ir para esclarecer qualquer coisa”, disse Flávio Bolsonaro em entrevista ao Jornal da Record, na noite de sexta-feira (17).

O senador eleito disse ainda que o Ministério Público o estava investigando “ocultamente” desde o ano passado.

“Quando tive acesso aos autos, descobri o seguinte: que o Ministério Público já estava me investigando ocultamente desde meados do ano passado. E além disso, usando vários atos ilegais ao longo desse procedimento. E pior, descobri que tive meu sigilo bancário havia sido quebrado de foram ilegal”, disse Flávio, se referindo ao relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O parlamentar é citado no procedimento aberto pelo Ministério Público do Rio contra Fabrício Queiroz, seu ex-assessor investigado por movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão durante um ano, identificada pelo Coaf.

O Ministério Público se baseia numa norma do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que permite a solicitação de relatório de inteligência do Coaf e tem convicção de que não configura quebra de sigilo, de acordo com publicação do jornal Folha de São Paulo.

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