Publicado em 02/12/2015 às 16h07.

Florence: ‘Cunha está no colo do PMDB, PSDB e DEM e lá fica’

PT votou a favor de cassação. Peemedebista só tem 9 dos 20 votos no Conselho de Ética

Evilasio Junior
Foto: Lucio Bernardo Jr. Câmara dos Deputados
Foto: Lucio Bernardo Jr. Câmara dos Deputados

 

O coordenador da bancada do PT baiano na Câmara, Afonso Florence, justificou, em entrevista ao bahia.ba, o porquê da decisão do partido de votar pela continuidade do processo de cassação contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em reunião conturbada, na tarde desta quarta-feira (2), a maioria dos 21 deputados petistas optou por endossar a cruzada contra o peemedebista, como requeria o presidente da legenda, Rui Falcão.

A medida contraria as intenções do Palácio do Planalto, representado principalmente pelos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Governo, Ricardo Berzoini. “Eduardo Cunha está no colo do PMDB, do PSDB e do DEM e lá fica”, decretou Florence, que negou o nível de tensão que permeou o encontro. “Apenas quatro manifestaram posição contrária, houve três abstenções e a [o restante da] bancada foi a favor da admissibilidade”, contabilizou.

A justificativa da decisão é de que Cunha, desde que assumiu a chefia do Legislativo, se empenhou em ir de encontro a posicionamentos históricos do PT. “Levou um ano com uma pauta reacionária, tentando retirar direitos dos trabalhadores, de povos indígenas, das comunidades quilombolas, da proteção ao meio ambiente… Tentando fazer terceirização, retirar direitos da CLT, inclusive com repressão policial aos manifestantes que vinham nos apoiar”, listou o deputado.

VOTAÇÃO – O parlamentar fluminense é acusado de quebra de decoro por ter prestado informações supostamente falsas à CPI da Petrobras em janeiro deste ano. No depoimento, ele afirmou não possuir contas no exterior, o que foi desmentido pela Justiça da Suíça. Três petistas integram o Conselho de Ética: Leo de Brito (AC), Valmir Prascidelli (SP) e Zé Geraldo (PA). Com o adiamento nesta quarta, a votação está prevista agora para a próxima terça (8) e Cunha só teria assegurados nove dos 20 votos possíveis, uma vez que o presidente do colegiado, o baiano José Carlos Araújo (PSD), só se manifesta em caso de empate.

 

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