Publicado em 20/01/2017 às 18h23.

Florence minimiza decisão do PT de liberar voto em candidatos de Temer

Resolução aprovada pelo diretório nacional do partido deixa aberta a possibilidade de apoio a governistas nas eleições para o comando da Câmara e Senado

Rodrigo Aguiar
(Foto:Antonio Cruz/Agência Brasil)
Foto:Antonio Cruz / Agência Brasil

 

Após negar que o PT estivesse em processo de negociação para apoiar a candidatura de Rodrigo Maia (DEM) na Câmara Federal, o deputado Afonso Florence, ex-líder da bancada petista na Casa, minimizou a decisão do diretório nacional, de liberar os parlamentares a votar em candidatos da base do governo Temer.

“A resolução diz que o PT vai lutar contra o golpe e que vai conversar com todo mundo para garantir a proporcionalidade”, afirmou Florence ao bahia.ba.

Por 45 votos a 30, foi aprovado nesta sexta-feira (20) um texto que deixa aberta a possibilidade de apoio dos petistas a candidatos da base do governo Temer nas eleições para as mesas diretoras da Câmara e do Senado.

“Cabe às bancadas, por consenso ou por decisão de maioria, pautar o voto em torno dos compromissos elencados acima, expressando publicamente, de forma unitária e transparente, as razões da escolha”, diz trecho da resolução.

Florence disse ainda acreditar que há tempo para a legenda mudar o posicionamento. Na mesma linha, o senador Lindbergh Farias (PT) defendeu que ainda seria possível reverter a decisão nas bancadas da sigla na Câmara e Senado.

Senado – Lindbergh, porém, adotou postura muito mais firme contra o texto aprovado pelo diretório nacional. Em vídeo postado nas redes sociais, o senador classificou a resolução como “um escândalo” e pediu um “levante da militância.

“A tese é de que é importante ter um espaço na Mesa. […] Não vale a pena por um espaço pequeno ter um desgaste desse tamanho. Tem um termo que foi muito utilizado por [Karl] Marx, depois por Rosa Luxemburgo, que é o cretinismo parlamentar. É quando deputados de esquerda estão no parlamento há muito tempo e começam a achar que o mundo é o parlamento, esquecem que fora do parlamento tem a sociedade, as lutas, o movimento social”, disse Lindbergh.

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