Publicado em 08/11/2018 às 10h50.

Futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina quer frear ‘indústria de multa’

Para deputada, país precisa estabelecer normas claras em favor de um ambiente de negócios mais favorável

Agência Brasil

 

Antonio Cruz/Agência Brasil
Antonio Cruz/Agência Brasil

 

Confirmada para o Ministério da Agricultura, a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) afirmou hoje (8) como será o perfil da sua pasta. Segundo ela, os produtores esperam segurança jurídica, defesa da propriedade e um ministério “mais moderno”, incluindo aumento no número de acordos comerciais.

A deputada federal vai se encontrar ainda nesta quinta-feira (8) com o presidente eleito Jair Bolsonaro. Na conversa, ela disse que pretende saber o “tamanho” que o Ministério da Agricultura terá, se vai agregar a pesca e a agricultura familiar, por exemplo.

Tereza Cristina pretende também encontrar-se com o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para ser informada de detalhes da área. “Hoje a agricultura e a agropecuária brasileiras são o nosso motor. É o carro-chefe da nossa economia, então temos de ver o que mais está faltando para que este motor seja mais acionado porque capacidade de produção, nossos produtores têm.”

A futura ministra avaliou que toda vez que o Brasil recebe “um chamamento” para produzir, o setor produtivo responde de forma “firme e assertiva”. “[Mas] é preciso ter mercado”, ponderou.

“Já produzimos suficiente para o nosso país com segurança, alimentos de qualidade, respeitando as regras. Temos um bom parque industrial, da agroindústria brasileira, e agora precisamos ver para onde podemos exportar e quais são os gargalos.”

Indústria de multas

Segundo Tereza Cristina, o Ministério da Agricultura deve se concentrar na produção sustentável e na redução do que chama de “indústria de multas”, repetindo a expressão utilizada com frequência pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

“Acabar com a indústria das multas, ter normas claras, ter um ambiente de negócios mais favorável. É o que o Brasil precisa para receber empreendimentos tanto externos quanto internos. Licenças serem mais ágeis não quer dizer perder segurança. Alguns processos precisam ser modernizados”, acrescentou.

Terrorismo

Ao ser questionada sobre propostas em tramitação no Congresso relacionadas à defesa de propriedade e que podem enquadrar ocupações como ações terroristas, Tereza Cristina evitou se posicionar sobre os temas.

“Tenho um pouco de dúvidas porque já temos leis sobre isso. É uma coisa que tem de ser discutida com o [futuro] ministro [Justiça] Sergio Moro”, afirmou a deputada federal. Segundo ela, a equipe de transição trabalha também para analisar este tipo de assunto.

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