Publicado em 17/11/2016 às 09h30.

Garotinho e Cabral, as lições que vêm do Rio

Levi Vasconcelos

Foto: Renato Araújo e Fábio Rodrigue Pozzebom/Agência Brasil|Montagem: bahia.ba). — Foto: Renato Araújo e Fábio Rodrigue Pozzebom/Agência Brasil|Montagem: **bahia.ba**).

As prisões de Anthony Garotinho e Sérgio Cabral, ambos ex-governadores do Rio de Janeiro presos nos últimos dois dias, trazem duas lições para o Brasil:

1 — Ninguém antes no Brasil foi preso acusado de crime eleitoral, a não ser em flagrante. As punições até agora aplicadas eram perda de mandato e inelegibilidade por oito anos. Garotinho inaugura uma nova era.

2 — Nos seus bons tempos, Sérgio Cabral chegou a ser cogitado como uma das opções do PMDB para a Presidência da República. O circo dele começou a desmoronar em 18 de junho de 2011, quando um helicóptero fretado pelo empresário Fernando Cavendish (cuja mulher e mais outras três pessoas morreram) caiu em Trancoso, Porto Seguro.

Para além da dor pelos mortos, o episódio revelou as ligações suspeitas de Cabral. O projeto gorou no caminho. Ainda bem.