Publicado em 04/07/2018 às 19h48.

Geddel é absolvido de acusação de obstrução de Justiça

Ex-ministro era acusado de tentar obstruir a delação premiada do operador Lucio Funaro, quando ele ainda estava em tratativas com a PGR

Redação
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

 

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), preso em Julho de 2017, foi absolvido por falta de provas da acusação de tentar obstruir a delação premiada do operador Lucio Funaro, quando ele ainda estava em tratativas com a Procuradoria Geral da República (PGR). A decisão foi tomada pelo juiz Vallisney de Souza, da Justiça Federal de Brasília.

“Não há prova de que os telefonemas tenham consistido em monitoramento de organização criminosa, tampouco de que ao mandar um abraço para Funaro, nos telefonemas dados a Raquel, o acusado Geddel, de maneira furtiva, indireta ou subliminar, mandava-lhe recados para atender ou obedecer à organização criminosa”, afirmou o juiz na decisão.

Vallisney, que decretou a prisão de Geddel em Julho do ano passado por suspeitas de obstrução no andamento das investigações da operação Cui Bono, afirmou ainda que a acusação exige que o réu “pratique atos consistentes” e que após ouvir as testemunhas, o entendimento é que Geddel “não incorreu no crime”.

“Os indícios de que Lúcio Funaro estaria sofrendo um constrangimento velado por parte do denunciado, por intermédio de ligações efetuadas pelo último à sua esposa Raquel, não restaram comprovados após os depoimentos judiciais prestados em Juízo. Tampouco há prova de que as investigações foram abaladas ou prejudicadas pelo contato de Geddel com a esposa do réu Lúcio”, esclareceu.

“Além disso, não foram captadas mensagens ou registros telefônicos que demonstrem atos concretos de temor ou constrangimento de Lúcio, ou demais elementos probatórios que denotem o escopo delitivo apontado pelo MPF, de que teria havido monitoramento nocivo por parte de Geddel, com o fito de impedir uma eventual delação por parte de Funaro”, finalizou o juiz.

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