Publicado em 22/08/2016 às 08h20.

Geddel é o principal articulador para conseguir mais votos contra Dilma

Senadores baianos Otto Alencar e Roberto Muniz estão entre os principais alvos do ministro da Secretaria de Governo

Redação
Foto: Luiz Cruvinel/ Câmara dos Deputados
Foto: Luiz Cruvinel/ Câmara dos Deputados

 

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, é o principal articulador político no esforço de conseguir o maior número possível de votos favoráveis ao impeachment de Dilma Russefff no Senado. Desafeto da presidente afastada, Geddel atualiza Temer diariamente sobre a contagem de votos. Interlocutores próximos ao ministro dizem que, além das negociações políticas, ele tem enfatizado aos senadores que Dilma não é vítima de um golpe, como ela tem repetido desde que a Câmara aprovou a  abertura do processo de impeachment. O peemedebista argumenta ainda que Temer tem dado sinais de que saberá conduzir as políticas necessárias para o país retomar o crescimento econômico.

Entre os alvos do Planalto para aumentar o placar pró-impeachment estão os senadores baianos Roberto Muniz (PP-BA) e Otto Alencar (PSD-BA). Outro na lista de Geddel é Elmano Férrer (PTB-PI). Na votação, todos esses se posicionaram contra Dilma ser levada a julgamento final. Oficialmente, Roberto Muniz não faz comentários sobre o processo, mas, nas últimas semanas, senadores mais próximos de Temer passaram a repetir que o parlamentar do PP tem demonstrado “sintonia” com o Palácio do Planalto.

Já Otto Alencar, que tem sofrido pressões da sigla nacional, também tem sido cortejado pelo Planalto e recentemente foi convidado a discursar para a plateia no lançamento de projetos de revitalização da bacia do Rio São Francisco, que incluía o próprio Temer. Discursos de senadores é uma cena rara em cerimônias no Palácio do Planalto. Oficialmente, auxiliares do presidente em exercício disseram que Otto foi convidado a discursar porque é um dos principais defensores da revitalização do São Francisco. A iniciativa, entretanto, foi avaliada como uma tentativa de “agradar” senadores nordestinos.

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