Publicado em 19/04/2016 às 12h08.

Governador fala em eleições diretas e plebiscito para superar crise

Rui Costa chamou Michel Temer (PMDB) de “alguém que não tem legitimidade que participou de um processo sujo” e o acusou de liderar um processo de “traição”

Evilasio Junior
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

Além de criticar ex-aliados, o governador Rui Costa (PT) sugeriu como solução para estancar a crise política e econômica que sangra o país a convocação de novas eleições gerais para suceder a presidente Dilma Rousseff. Para ele, a mudança na legislação pode evitar que o comando do país passe para o vice-presidente Michel Temer (PMDB), a quem chamou de “alguém que não tem legitimidade que participou de um processo sujo” e acusou de liderar um processo de “traição, da trama, da falsidade e da mentira”.

Em entrevista coletiva, após a cerimônia de autorização de obras no Centro Antigo de Salvador, nesta terça-feira (19), o petista revelou ter conversado nesta segunda (18) com os três senadores baianos – Lídice da Mata (PSB), Otto Alencar (PSD) e Walter Pinheiro (sem partido) – sobre a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende antecipar o pleito presidencial de 2018 para este ano.

“Se esta for uma solução pactuada, é melhor ter novas eleições do que um vice traidor [Michel Temer], cheio de processos na Justiça, assumir a Presidência. Se esta for a solução para repactuar o país, então que se convoque novas eleições agora em outubro, junto com a eleição de prefeito”, opinou o chefe do Executivo baiano, que afirmou ter “certeza” de que os três representantes do estado não irão apoiar a aprovação do impeachment no Senado.

Segundo Rui, lhe foi relatado pelos parlamentares que há “grande força” do movimento na Câmara Alta do Congresso, mas ainda há “muitas conversas a serem feitas”. Ele também se mostrou simpático à ideia de realização de um plebiscito para determinar se Dilma deve permanecer ou sair do comando do país. “Se alguém quer questionar [a eleição direta de Dilma], seria mais legitimo propor uma consulta popular, um plebiscito, ou mesmo propor antecipação das eleições. Aí me pareceria mais honesto com a população”, propôs.

No último plebiscito, de 1993, contrário ao parlamentarismo e à monarquia parlamentarista, o PT apoiou a manutenção do atual regime: o presidencialismo, agora chamado de “presidencialismo de coalizão”.

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