Publicado em 04/02/2019 às 21h20.

Governo acredita ter maioria para aprovar Previdência no Senado

MDB inicia disputa interna por espaço nas comissões

Redação
Foto: Reprodução/Plenário do Senado
Foto: Reprodução/Plenário do Senado

 

O governo federal está confiante em ter maioria para aprovar a agenda de reformas descrita na mensagem presidencial ao Congresso Nacional, levada pelo ministro-chefe Onyx Lorenzoni ao Parlamento nesta segunda-feira (4).

“Nós já chegamos a um número suficiente para transformar o Brasil”, disse o ministro se referindo a soma de votos obtidos pelos candidatos à Presidência do Senado mais bem votados nas eleições de sábado (2) – Davi Alcolumbre (DEM-AP), Espiridião Amin (PP-SC) e Angelo Coronel (PSD-BA).

Divisão no MDB – A adesão do Senado à agenda do governo pode variar conforme o posicionamento do MDB, cuja a principal liderança, o senador Renan Calheiros (AL), foi derrotada com a vitória de Alcolumbre.

O partido enfrentou a eleição dividido. Reunião da bancada na quinta-feira passada (31) contabilizou que sete senadores apoiavam Renan e outros cinco preferiam a senadora Simone Tebet (MS) – que também conta com o apoio de Jarbas Vasconcelos (PE), ausente na reunião.

A derrota do MDB excluiu, segundo a Agência Brasil, o partido da composição da Mesa Diretora do Senado, a ser eleita na quarta-feira (6). “O presidente [Davi Alcolumbre] teve que se comprometer a dar espaço para PSD e PSDB [2ª e 3ª maiores bancadas, depois do MDB], companheiros de primeira hora”, disse Simone Tebet.

Sem os cargos da Mesa (presidência, vice-presidências, secretarias e suplências), em disputa pelo maior número de partidos representados no Senado, o MDB vai mirar as presidências das comissões por onde tramitam projetos antes da votação em plenário.

O colegiado mais cobiçado é a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a primeira a examinar as propostas avaliando inclusive a legalidade para a proposta continuar tramitando.

Apuração – Além das disputas internas dos partidos e da distribuição de cargos, o ambiente do Senado ainda pode sofrer com o rescaldo da tumultuada eleição de sábado.

O presidente da Casa informou que já designou ao corregedor Roberto Rocha (PSDB-MA) a apuração quanto a eleição anulada por causa da apresentação de um voto a mais na urna.

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