Publicado em 17/12/2018 às 12h04.

Governo deflagra processo para construção da ponte Salvador-Itaparica

De saída, compraram o edital cinco empresas chinesas: CCC, CRBC, CR-20 e as Crec 2 e Crec 14, além da baiana OAS (que ninguém acredita que possa ter chance)

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“O único lugar onde o sucesso vem antes que o trabalho é no dicionário”

Albert Einstein, físico alemão, pai da Teoria da Relatividade (1879-1955)

Imagem: animação/governo da Bahia
Imagem: animação/governo da Bahia

 

O governo publicou no Diário Oficial de sexta a abertura de prazo para os interessados na PPP da ponte Salvador-Itaparica e Sistema Viário do Oeste (SVO) se manifestarem. De agora até o dia 22 de fevereiro, as empresas devem apresentar o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI).

De saída, compraram o edital cinco empresas chinesas: CCC, CRBC, CR-20 e as Crec 2 e Crec 14, além da baiana OAS (que ninguém acredita que possa ter chance).

Outras agendas

Além da ponte, o DO trouxe também outras iniciativas de peso, como se o governo, após a reforma administrativa que funcionários batizaram de pacote de maldades, soltasse agora o pacote de bondades de fim de ano, com a assinatura de quatro protocolos importantes:

1 — Copixaba — MCA Projects Holding FZE, empresa com sede nos Emirados Árabes, pretende produzir 20 mil toneladas de cacau por ano em Copixaba, Xique-Xique, um investimento previsto de US$ 37 milhões. Vai plantar 10 mil hectares de cacau e já tirar de lá o cholate pronto.

2 — Miolo — A Miolo, que já produz 2 milhões de litros de espumantes (vinho e champanhe) em Casa Nova vai montar uma fábrica de suco (uva incluso) em Barra. Já há uma fábrica lá, área que era da extinta Sudic.

3 — Porto Seguro — Um grupo alemão manifestou interesse em construir um novo aeroporto, padrão internacional, na terra máter.

Santa Luzia

O pacote de protocolos, mais o início do processo licitatório da ponte Salvador-Itaparica, segundo o vice-governador João Leão, foi uma benção de Santa Luzia, a protetora dos olhos.

Segundo Leão, o conjunto abre um novo olhar dos baianos para as iniciativas que visam diminuir a pobreza, gerar mais empregos e também mais renda para o Estado.

— O Rio de Janeiro tem pouco mais de 1.200 km² de área, uma população de 15 milhões de habitantes e arrecada R$ 95 bilhões. A Bahia 567 mil km², 15 milhões de habitante e arrecada R$ 44 bilhões. Eles têm 3.500 km de estradas para cuidar. Nós temos 41 mil. Os protocolos correm atrás de diminuir o tamanho dessa diferença. O caminho é esse.

Muquém, a revolução

Diz João Leão, que olhando da capital, a grande maioria não faz ideia do impacto da usina de açucar e álcool que o Grupo Paranhos está implantando em Muquém do São Francisco, no norte do oeste baiano. Isso para afirmar que não é exagero dizer que, no pico, o projeto vai gerar 120 mil empregos.

— Eles vão plantar 40 mil hectares. Como a média é de três trabalhadores por hectare, fechou a conta.

Maracujá, o preferido

E já que estamos falando na produção de sucos, os produtores baianos dá área norte da Bahia, que exportam a maior parte, dizem que o maracujá é o rei da preferência entre europeus. Vem depois a acerola verde, muito rica em vitamina C.

O Brasil é o maior produtor mundial de suco de maracujá, com 330 mil toneladas por ano em 33 mil hectares. A Bahia é o maior produtor, com 77 mil toneladas em 7,8 mil hectares.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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