Publicado em 15/07/2017 às 08h00.

Governo quer adiar votação de denúncia contra Temer para setembro

A intenção é reunir quórum suficiente para livrar o presidente do processo por corrupção passiva e tentar emendar com nova denúncia por vir

Redação
Brasília - DF, 01/06/2016. Presidente Interino Michel Temer durante cerimônia de posse de Maria Silvia Bastos Marques, no cargo de Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos senhores Paulo Rogério Caffarelli, no cargo de Presidente do Banco do Brasil, Gilberto Occhi, no cargo de Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Parente, no cargo de Presidente da Petrobras e Ernesto Lozardo, no cargo de Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Foto: Carolina Antunes/PR
Foto: Carolina Antunes / PR

 

A votação na Câmara dos Deputados sobre a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer pode ficar apenas para setembro, já que o próprio presidente não está encontrando facilidade na mobilização de quórum a favor e já admite o longo adiamento.

Contas de líderes governistas indicam que Temer tem pouco mais de 250 deputados a seu favor –bem menos do que os 342 necessários para que a base aliada consiga sozinha o quórum para começar a deliberar sobre o caso.

Pelas regras, se o Planalto conseguir 172 votos, a denúncia é barrada, mas a votação só é válida se 342 parlamentares registrarem presença na sessão.

Separados, nem a base aliada nem a oposição terão condições de atingir esse número no plenário. O impasse, reconhecem governistas, pode inviabilizar a votação da denúncia no retorno do recesso parlamentar, em 2 de agosto, e empurrá-la para o mês seguinte.

A intenção é aproveitar esse cenário aparentemente desfavorável para aguardar uma provável nova denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o peemedebista, desta vez por obstrução judicial, e votá-la na mesma sessão.

A expectativa é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente a nova acusação até o fim de agosto, já que ele deixará o cargo em setembro. Para o governo, uma votação simultânea das duas denúncias reduz as chances de derrota.

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