Publicado em 29/12/2015 às 21h51.

Governo vai pagar pedaladas para corrigir erro, afirma ministro

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, disse ainda que o TCU apontou as pedaladas como um erro, e não como um crime

Redação

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner admitiu, nesta terça-feira (29), que o pagamento das pedaladas fiscais é uma forma de proteger o governo contra o processo de impeachment aberto na Câmara dos Deputados, durante uma entrevista exclusiva para a GloboNews.

O pagamento deve ser feito até a quinta-feira (31). Na entrevista, o ministro foi questionado sobre como enxerga a afirmação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que se “mesmo que o governo consiga um terço para escapar odo impeachment, vai terminar os três anos capenga”.

“Acho que ele fala como se nada acontecesse com ele. O impedimento dele está mais perto do que o impedimento dela, porque ela não tem nenhum crime cometido, não sou juiz, nem Polícia Federal, nem do Ministério Público, nem do conselho de Ética. Mas ele tem um processo no Conselho de Ética, que foi admitido, tem denúncia feita pelo MP ao STF. Agora acho que quando ele fala que o governo está capenga, ele está falando de um desejo dele e não de uma leitura real”, declarou.

As afirmações do ministro foram feitas durante durante entrevista  ao repórter da Globo News Gerson Camarotti, nesta terça-feira (29).

Questionado, também, se o pagamento das pedaladas seria uma proteção contra o processo de impeachment, Wagner afirmou que a questão não foi apontado pelo Tribunal de Constas da União (TCU) como um crime, e sim como um erro de gestão do orçamento.

“Não acho que é se proteger, mas se quiser pode fazer essa leitura. Isso foi apontado pelo TCU, e é um erro, não um crime, essa é diferença. É um erro na gestão do orçamento, então ao pagar, de um lado atende a essa demanda lembrando que sempre foi feito assim. Agora, também pagou para zerar essa conta e abrir 2016 – se 2015 já foi um ano com essa dificuldade toda – então vamos quitar essas coisas para abrir com um ambiente mais arejado e mais propício para o crescimento da economia. Acho até, que o que pesou mais foi isso. Preparar 2016 para que seja um ano que comece com ambiente melhor. Mas é obvio que atende a essa questão de corrigir um erro apontado pelo TCU”

 

 

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