Publicado em 26/03/2018 às 14h14.

‘Guardem o rojão para a minha posse’, diz Lula a grupos contrários

O petista voltou a criticar aqueles que jogaram ovos no seu palanque neste domingo: "Devia dar o ovo para quem não tem o que comer"

Rodrigo Aguiar
Foto: Lula Marques/ Agência PT
Foto: Lula Marques/ Agência PT

 

No dia em que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou-lhe recurso em segunda instância, o ex-presidente Lula (PT) pediu a manifestantes contrários a ele que “guardem o rojão para quando eu tomar posse”, diante do foguetório feito por grupos que protestam nesta segunda-feira (26) contra a passagem da sua caravana por Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná.

O petista voltou a criticar aqueles que jogaram ovos no seu palanque, na noite deste domingo (25), em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina.

“O cara que taca ovo devia dar o ovo para quem não tem o que comer. A demonstração do descaso dessa gente com o povo trabalhador é que eles estão jogando ovo”, discursou o ex-presidente, que tem enfrentado protestos durante sua caravana pela região Sul.

Lula voltou a dizer ainda que “não entende esse ódio” e afirmou que, “até 2013, as pessoas aprendiam a conviver” com seus adversários políticos.

Presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann chamou os manifestantes contrários a Lula de “grupos de extrema direita, intolerantes”.

“Eles têm usado de violência física, de arma de fogo, do chicote. Quiseram nos impedir de chegar a Francisco Beltrão, mas vocês não nos impediram e nós estamos aqui”, disse.

Gleisi reafirmou nesta segunda que Lula é o nome do Partido dos Trabalhadores para a disputa presidencial e provocou a oposição: “O único candidato que eles têm é o Bolsonaro, o cara que quer mandar tudo na bala”.

De acordo com a senadora, aqueles que protestam contra o petista foram “eleitores de Aécio Neves”. “E muitos querem apoiar um cara de extrema direita, que fala que tem que invadir favela, que mulher tem que ser estuprada e ganhar menos porque engravida”, continuou a parlamentar, ainda em referência ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Mesmo com o recurso negado pelo TRF-4, o ex-presidente não poderá ser preso até o que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre o seu habeas corpus. O julgamento será retomado no dia 4 de abril.

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