Publicado em 13/02/2017 às 10h06.

Há algo de podre nas greves da PM

Foi vista agora no Espírito Santo, pelo lado mais cruel, a morte de inocentes que somaram 144 pessoas, em escalada, grande parte moradores de rua

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”

Jean Paul-Sartre, filósofo francês (1905-1980)

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

O passado é saudável para a saúde quando a história é boa, pelo que sintetiza de lições positivas, que, no presente, nos ensinam a ampliar as nossas chances de acerto. No mínimo, faz carinho no coração.

Mas um passado tenebroso que gera filhotes escabrosos é filme de terror, como se viu agora no Espírito Santo, pelo lado mais cruel, a morte de inocentes somaram 144 pessoas, em escalada, grande parte moradores de rua, só para fazer crescer as estatísticas da violência, mas também cidadãos comuns.

Já se viu tal exemplo em Salvador na greve de 2012, quando 157 pessoas foram assassinadas em dez dias, gerando um acréscimo mensal de 500% a mais que a média histórica.

Lá como cá, as fortes suspeitas do envolvimento policial. Tem lógica. Bandido clássico, de pequena ou grande monta, não sai por aí matando mendigos e pobres a rodo. Eles têm foco, afanar o alheio. Mortes há, mas por algum incidente do caso. Nunca sair para matar adoidado.

Lamentável: o que os PMs julgam um legítimo direito de reivindicar, o que é correto, discute-se a forma, descambou para o terror. Uma pena. Não dá para dizer amém a isso.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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