Publicado em 05/07/2017 às 15h59.

Hélio Ferreira aponta risco em ‘botão de pânico’ nos ônibus

Projeto de lei apresentado pelo vereador Maurício Trindade (DEM) prevê que os rodoviários pressionem o dispositivo em casos de atentados a coletivos

Fernanda Lima
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O vereador e presidente do Sindicato dos Rodoviários Hélio Ferreira (PCdoB) criticou, na tarde desta quarta-feira (5), em entrevista ao bahia.ba, o Projeto de Lei nº 375/17 (PL), que obriga as empresas de ônibus a instalarem um “botão de pânico” nos veículos, para alertar situações de perigo à polícia. Para o edil, a proposta é “um grande risco à categoria”.

A matéria, elaborada pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e apresentada à Câmara Municipal de Salvador (CMS) por Maurício Trindade (DEM), terá que ser reconsiderada, na avaliação do comunista.

“O botão não pode ser de forma nenhuma ser usado pelos rodoviários, porque os coloca em risco. Essa categoria está praticamente 24 horas em várias comunidades, nas quais está vulnerável a todo tipo de passageiro. Tem o cidadão de bem, que é a maioria, mas tem o delinquente. Se esse delinquente se sentir ameaçado pelo rodoviário, ele vai se vingar do profissional”, declarou à reportagem.

O representante dos motoristas e cobradores de ônibus disse ainda que “o botão tem que ser de responsabilidade do passageiro”, apesar de reconhecer o risco ao qual eles também estarão expostos caso acionem o dispositivo. “O passageiro fica exposto, tem que ter bastante cautela com essa questão. Porque também corre o risco de ele ser reprimido pelos marginais”, continuou.

O Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc) estima que, de 1º de janeiro a 17 de abril deste ano, houve um aumento de 14% no número de assaltos ao transporte público em comparação ao mesmo período do ano passado.

Desde o início do ano até maio, 1.180 roubos a ônibus foram registrados em Salvador.

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