Publicado em 17/03/2016 às 10h40.

Hirs se esquiva sobre legalidade de vazamento de grampos de Lula

“Eu tenho uma opinião muito pessoal sobre isso e não vou dizer isso publicamente, de jeito nenhum”, esquivou-se o presidente interino do TRE-BA

Evilasio Junior
Foto: Rodrigo Aguiar/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar/ bahia.ba

 

O desembargador Mário Alberto Hirs, presidente interino do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), não quis se manifestar sobre o vazamento das gravações, nesta quarta-feira (16), que revelaram conversas do ex-presidente Lula, novo ministro da Casa Civil do governo, com a presidente Dilma Rousseff.

O conteúdo das intervenções telefônicas supostamente comprovaria tentativas de obstrução à Justiça, tráfico de influência, crime de responsabilidade e favorecimento pessoal, já que a nomeação de Lula seria uma manobra para lhe conceder foro privilegiado e livrá-lo das investigações que o acusam de ter sido beneficiado com recursos desviados da Petrobras.

Em entrevista ao bahia.ba, durante a solenidade de formatura do curso de soldados da PM, na Vila Policial Militar, no bairro do Bonfim, em Salvador, o magistrado se esquivou de emitir opinião sobre o caso. “Eu tenho uma opinião muito pessoal sobre isso e não vou dizer isso publicamente, de jeito nenhum. Eu sou até proibido de me manifestar sobre decisões de colegas terceiros”, declarou.

Confrontado com o fato de que há manifestações contrárias e favoráveis ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, que assumiu a responsabilidade pela divulgação dos áudios, Hirs se manteve em cima do muro. “Eu prefiro aguardar a decisão do Supremo. O Supremo, no fim, vai decidir tudo isso. Vai ser o foro final. Não quero me precipitar”, disse o desembargador.

Na opinião dele, se for feita uma enquete com 10 magistrados sobre a suposta irregularidade na publicidade dos grampos, “cinco pessoas vão dizer que sim, cinco vão dizer que não”.

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