Publicado em 18/02/2016 às 14h28.

Janela: PCdoB vai ganhar mais do que perder, aposta presidente

Daniel Almeida admite que partido tem mantido conversas com lideranças políticas interessadas em ingressar na legenda comunista, mas evita citar nomes

Ivana Braga
Presidente do PCdoB, Daniel Almeida aposta no crescimento do partido (Foto: Câmara Federal)
Presidente do PCdoB, Daniel Almeida aposta no crescimento do partido (Foto: Câmara Federal)

 

O presidente da executiva estadual do PCdoB na Bahia, o deputado federal Daniel Almeida, admite que o partido que comanda pode perder alguns nome no processo de mudança partidária permitida pela brecha aberta na lei que regulamenta as filiações. “Essa reacomodação é natural, especialmente em período pré-eleitoral. Sempre ocorreu e sempre ocorrerá”, aposta o parlamentar. Ele afirma acreditar que a legenda deve ganhar mais integrantes do que perder. “Até o momento não há registro de que nenhum integrante tenha manifestado interesse em deixar o partido”, reforça o dirigente.

Daniel Almeida aposta no crescimento do PCdoB e admite a existência de conversas com lideranças políticas de Salvador e do interior baiano dispostas a engrossar a sigla comunista. Mas considera prudente não divulgar nomes antes de as negociações se confirmarem. Afinal, diz ele, as costuras estão apenas alinhavadas e ainda há muito tempo para concretizá-las. O deputado se diz otimista e acredita que após o período em que a “janela partidária” ficará aberta, até 18 de março para deputados federais e 2 de abril para prefeitos e vereadores, a agremiação vai contabilizar um saldo positivo.

Camaçari – Sobre a filiação do prefeito de Camaçari, Ademar Delgado, e da sua secretária de Governo, Jailce Andrade, que deixaram o PT após o gestor romper com o deputado federal e ex-prefeito Luiz Caetano, o presidente do PCdoB avaliou como positiva a entrada do novo filiado.

Segundo Daniel Almeida, o fato de o PCdoB abrigar o ex-petista não causou nenhuma rusga entre as duas legendas, historicamente aliadas e alinhadas. “Não há motivo de arestas. Quando um integrante deixa um partido por questões internas e ingressa em outro, não há razão de reclamações. É uma movimentação normal, especialmente em ano eleitoral, quando há interesse em disputar cargos eletivos. O atrito entre Delgado e o PT era público e anterior a sua filiação. Não vejo como isso poderia arranhar a relação entre PCdoB e PT”, avalia Almeida.

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