Publicado em 18/09/2017 às 08h20.

Janot tinha pressa para tirar Temer e barrar Dodge, diz procurador

Ângelo Goulart Villela saiu da prisão no dia 1º de agosto, onde ficou por 76 dias sob suspeita de vazar à JBS informações do Ministério Público

Redação
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

 

O procurador da República Ângelo Goulart Villela afirmou que Rodrigo Janot fez o acordo de delação com a JBS com o objetivo de derrubar o presidente Michel Temer e impedir a nomeação de Raquel Dodge para substituí-lo no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele contou que presenciou uma conversa em que Janot afirmou: “a minha caneta pode não fazer meu sucessor, mas ainda tem tinta suficiente para que eu consiga vetar um nome”.

“Ele tinha pressa e precisava derrubar o presidente”, disse Ângelo Goulart. “O Rodrigo tinha certeza que derrubaria”, afirmou.

Villela saiu da prisão no dia 1º de agosto, onde ficou por 76 dias sob suspeita de vazar à JBS informações do Ministério Público. “A desonra dói muito mais que o cárcere”, disse.

Ele nega ter recebido propina e disse que se aproximou da JBS para negociar uma delação. Relatou sua amizade com Janot e afirmou que o ex-procurador-geral chamava Dodge de “bruxa” em conversas reservadas.

Temas: Janot , PGR , dodge , preocurador

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