Publicado em 13/04/2016 às 18h56.

‘Kassab não vai entregar ministério’, afirma Otto

Senador acredita que os deputados Antônio Brito, Fernando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e Sérgio Brito irão se manter fieis a Dilma

Evilasio Junior
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

 

O senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, afirma que o comandante nacional da sigla, o ministro das Cidades Gilberto Kassab, não irá entregar o cargo, apesar de o partido estar pressionado no Congresso Nacional.

Os dois se reuniram na tarde desta quarta-feira (13), logo após a bancada da legenda na Câmara decidir, por 30 votos a 8, recomendar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Kassab não vai entregar. Ele conversou comigo e disse que não há a menor chance. Se ele fizer isso, é um equívoco. Isso é uma boataria. Não tem nada. Eu sou do partido e haja o que houver, de vereador a prefeitos, eu tenho responsabilidade. O meu terreiro é a Bahia. Nem tudo se resume a Brasília”, pontuou o parlamentar, em entrevista ao bahia.ba, ao argumentar que teria que ser comunicado caso houvesse decisão pelo desembarque.

Em relação aos deputados baianos, Otto acredita que os seus liderados na Casa – Antônio Brito, Fernando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e Sérgio Brito – irão se manter fieis à petista. No entanto, contará com o apoio do governador Rui Costa (PT), que irá a Brasília nesta quinta (14) para tentar sacramentar a aliança. “A orientação é de se votar contra [o impeachment] para ser coerente. Por ter passado um ano e seis meses no governo e levar uma série de benefícios ao estado. Se o partido tivesse que sair, era para sair no ano passado. Já se sabia da crise. O petrolão foi descoberto em 2014. Agora, na hora que o governo está com problema, abandonar o barco, é uma situação que desqualifica”, afirmou o senador.

Sobre o posicionamento majoritário do restante da bancada do PSD em favor da impugnação de Dilma, Otto classifica o cenário em todas as legendas como “loteria”. “Aí é a cabeça de cada um. Todos os partidos estão tendo esse problema, não é um problema exclusivo do PSD. Eu não avalio se alguém vai trair ou vai ficar. Vai depender da votação. A votação dos 513 deputados é no dia. Vai ser tão difícil botar 342 a favor do impeachment quanto 172 contra. Ninguém ganha de véspera. No Congresso, o clima é de insegurança geral. A situação para o governo já esteve melhor do que hoje, mas ontem estava pior do que hoje”, comparou.

O pleito que definirá o prosseguimento do processo de impedimento será realizado no domingo (17), a partir das 14h.

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