Publicado em 08/12/2016 às 09h22.

Lava Jato: Emílio Odebrecht vai cumprir 4 anos em prisão domiciliar

Patriarca da Odebrecht deverá iniciar pena em um ano, depois de atuar como uma espécie de "fiador" dos acordos celebrados entre a empresa e a operação

Redação
Foto: Paulo Giandalia / Estadão Conteúdo
Foto: Paulo Giandalia / Estadão Conteúdo

 

O patriarca do grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, vai cumprir pena de quatro anos de prisão domiciliar, decorrente de acordo de colaboração premiada no âmbito da Operação Lava Jato. Conforme a Folha de S. Paulo desta quinta-feira (8), o pacto feito entre o dono da Odebrecht e os procuradores da força-tarefa determina que ele cumpra os dois primeiros anos em prisão domiciliar no regime semiaberto, quando poderá trabalhar durante o dia e se recolher em casa à noite.

Já os dois anos restantes da pena serão cumpridos em regime aberto, quando ele deverá estar em casa nos finais de semana. Emílio usará tornozeleira eletrônica durante todo o período.

Só em um ano – A pena do dono da Odebrecht não será cumprida de imediato. Ainda conforme o acertado, ele ficará livre por um período de um ano, mas com a responsabilidade de atuar como uma espécie de “fiador” dos acordos celebrados entre a empresa e a Lava Jato.

Seu filho, Marcelo Odebrecht, continua preso em Curitiba e só sairá da cadeia no final de 2017. Depois disso, cumprirá cinco anos de prisão domiciliar usando tornozeleira. Metade do tempo será em regime fechado, sem direito a sair de casa. A outra parte será no semiaberto, em que é permitido a ele sair de casa para trabalhar durante o dia e voltar à noite para sua residência.

A Odebrecht assinou o maior acordo de leniência (espécie de delação para empresas) já feito no mundo, em que se propôs pagar uma multa de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 8,4 bilhões), dividida em 23 parcelas.

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