Publicado em 08/06/2016 às 15h55.

Lava Jato: suposto operador de esquema firma acordo de delação

Zwi Skornicki é suspeito de abastecer contas do marqueteiro João Santana com dinheiro do chamado "propinoduto" da Petrobras

Redação
Zwi Skornic
Engenheiro Zwi Skornic resolveu colaborar com as investigações (Foto: Giuliano Gomes/ Agência PR PRESS)

 

O engenheiro Zwi Skornicki assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (PMF). Réu na Operação Lava Jato por suspeita de intermediar pagamento de propinas no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, ele está preso desde fevereiro. Os procuradores da República devem começar a ouvi-lo nos próximos dias.

A contribuição pode ajudar os investigadores a estabelecerem possíveis ligações entre os repasses do operador para o marqueteiro João Santana e a campanha para a reeleição da hoje presidente afastada Dilma Rousseff, em 2014.

Skornicki foi detido na Operação Acarajé, a 23ª fase da Lava Jato. Na etapa, também foram detidos Santana e a mulher dele, Mônica Moura. O casal foi responsável pelas campanhas presidenciais do PT em 2010 e 2014.

Redução – De acordo com o Ministério Público Federal, Santana teria recebido US$ 4,5 milhões de Skornicki entre 2013 e 2014. O delator é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, segundo os procuradores da República, foi citado por delatores do esquema como elo de pagamentos de propina.

João Santana também é suspeito de ter recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, em contas secretas no exterior.

Réu desde abril deste ano, quando foi denunciado à Justiça, Skornicki responde por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Com o acordo de colaboração firmado perante a MPF, o delator terá redução de pena em uma eventual condenação.

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