Publicado em 19/09/2017 às 15h14.

Leur defende solução caseira para comandar PMDB baiano

Líder da oposição na AL-BA mandou recado sobre especulações de que lideranças de outras siglas poderiam se filiar ao PMDB para "comandar" ou se fortalecer eleitoralmente

Rodrigo Aguiar

Foto: Angelo Pontes/ Coperphoto/ Sistema Fieb

Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Leur Lomanto Jr. (PMDB) afirmou nesta terça-feira (19) ser favorável ao ingresso de novas lideranças no partido, desde que isso não ocorra por interesses eleitorais ou ambições de comandar a legenda.

“Minha posição é clara: o PMDB deve estar aberto a quem queira participar, mas sem nenhuma condicionante ou exigência. Querer entrar para tomar a direção do partido ou assumir a presidência, ou para participar de chapa majoritária, aí eu sou contra”, disse o peemedebista ao bahia.ba.

A declaração é um recado diante das especulações de que lideranças de outras siglas – como o ministro Antônio Imbassahy (PSDB), o deputado federal Arthur Maia (PPS) e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM) – poderiam se filiar ao PMDB. Imbassahy e Zé Ronaldo são mencionados como possíveis integrantes de uma chapa encabeçada pelo prefeito ACM Neto (DEM) em 2018.

O discurso se alinha ao do deputado federal Lúcio Vieira Lima. Após a primeira prisão do irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, Lúcio descartou a entrada de Imbassahy e Ronaldo no PMDB, ao dizer que a sigla não era “barriga de aluguel”.

Leur esteve entre os participantes de uma reunião informal, nesta segunda-feira (18), na qual integrantes da executiva estadual e membros da bancada do PMDB na Assembleia reafirmaram apoio à permanência do deputado Pedro Tavares na presidência estadual do partido, depois do afastamento de Geddel do posto.

Desde a última prisão do cacique peemedebista, tucanos e democratas têm pressionado nos bastidores para que o PMDB baiano saia do controle da família Vieira Lima, à qual Tavares sempre foi ligado politicamente.