Publicado em 21/07/2017 às 19h36.

Lídice diz que receberia Prates e Zé Ronaldo ‘separados de ACM Neto’

Senadora ainda afirmou que os dissidentes do partido “deveriam tomar rumo rapidamente” e que "é melhor ser menor e ter coerência"

Rodrigo Daniel Silva

Presidente do PSB na Bahia, a senadora Lídice da Mata não fechou as portas para o possível ingresso do presidente da Câmara de Salvador, Leo Prates, e do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, ambos do DEM, em entrevista ao bahia.ba, nesta sexta-feira (21), mas foi enfática ao dizer que, se quiserem entrar, terão que rezar a cartilha socialista: “Estariam separados do projeto do prefeito ACM Neto”.

A legenda seria uma terceira alternativa para o gestor feirense concretizar seu sonho de chegar ao Senado, depois de sofrer dois baques nesta semana. Primeiro, viu o deputado federal Lúcio Vieira Lima descartar a possibilidade de ser acolhido pelo PMDB e, depois, foi a vez do PR – que é comandado por José Carlos Araújo – negar qualquer tentativa de aproximação com o grupo do chefe do Palácio Thomé de Souza.

Nos bastidores, o comentário é de que a filiação de Prates e Zé Ronaldo seria mais uma tentativa dos aliados de ACM Neto tomarem o PSB do time do governador Rui Costa (PT). Já houve ofensiva similar após a queda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a chegada de Michel Temer (PMDB) ao Palácio do Planalto.

Lídice disse ainda não se sentir “intimidada” com uma possível aproximação do deputado federal Bebeto Galvão com Temer e Neto. “Não vejo ameaça nenhuma. Inclusive, me dou muito com bem com ele. Não me sinto ameaçada com nenhum gesto de Bebeto”, garantiu.

A senadora afirmou também que os dissidentes do seu partido “deveriam tomar rumo rapidamente”, já que não desejam permanecer nos quadros da sigla. Para ela, a saída dos membros não enfraquece a legenda.

“Eu acho que para o PSB é melhor ser menor e ter coerência política programática. Todo partido sofre um movimento permanente. Não existe partido que tenha X deputados e permaneça com X deputados a vida inteira. Os partidos vivem movimentos de crescimento e de decrescimento a cada eleição. Isso é natural”, pontuou.