Publicado em 18/08/2017 às 08h59.

Lula: Se não for candidato, ‘serei o cabo eleitoral mais valioso do país’

Ex-presidente voltou a criticar o vereador Alexandre Aleluia (DEM), responsável pela ação que barrou o título de Doutor Honoris Causa: "Deveria beijar meu pé"

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a admitir, na manhã desta sexta-feira (18), a possibilidade de disputar o Palácio do Planalto no próximo ano, mas ressaltou que, se for proibido de concorrer pela Justiça, será o “cabo eleitoral mais valioso desse país”.

Em entrevista à rádio Metrópole, o petista disse que os seus adversários têm receio de que ele seja postulante, e uma eventual segunda condenação na Lava Jato é uma tentativa de retirar a sua candidatura. “Se eu voltar em 2018, volto mais forte e sabido”, afirmou Lula, ao ressaltar que tem “muita possibilidade de ganhar” e competência para “reconquistar a credibilidade” do país.

O ex-presidente voltou a criticar a força-tarefa da Lava Jato. Disse que a operação tem se tornado “um partido político”, que alimenta todos os dias a TV Globo com informações. “As denúncias [da Lava Jato] fazem parte da grade da programação. É tão importante quanto a grade da novela”, condenou.

Lula novamente jurou inocência nos processos criminais. “A minha inocência eu já provei, espero que provem minha culpa”, pontuou. O petista criticou ainda o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), cotado para ser seu adversário na eleição. “O meu prazer, o que eu queria, é que ele governasse São Paulo. Vai ter que provar que tem competência para gerir. Uma coisa é gerir uma quitanda, outra coisa é gerir uma cidade como São Paulo”, afirmou.

O ex-presidente condenou mais uma vez a ação ajuizada pelo vereador Alexandre Aleluia (DEM), que barrou o título de Doutor Honoris Causa a ele na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Disse que “tem pena” do democrata e o chamou de “medíocre”. Para Lula, o edil deveria “beijar meu pé” por ter construído uma instituição de educação que tem ajudado a população pobre a estudar.

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