Publicado em 23/03/2019 às 13h10.

Maia diz que governo não pode ‘terceirizar a articulação’ da reforma

Ao chegar em Brasília para reunião do PPS, líder da Câmara reforçou que Bolsonaro precisar parar de transferir a "responsabilidade"

Redação
Foto: Reprodução/GloboNews
Foto: Reprodução/GloboNews

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a falar sobre Jair Bolsonaro e os entraves para a reforma da Previdência. Segundo ele, o presidente da República não deve “terceirizar a articulação” no Congresso e transferir sua responsabilidade de buscar diálogo com os partidos.

“É importante que o governo acerte na articulação. E ele não pode terceirizar a articulação como ele estava fazendo. Quer dizer, transfere para o presidente da Câmara e para o presidente do Senado uma responsabilidade que é dele e fica transferindo e criticando”, disse Maia ao chegar em Brasília, para reunião do PPS.

O democrata afirmou ainda que só tomando para si a articulação, Bolsonaro poderá dizer “o que é a nova política”, já que o capitão fez críticas à pressão sofrida pela “velha política”. A relação entre os dois já está estremecida desde que Maia desmereceu o pacote anticorrupção do ministro da Justiça Sérgio Moro.

No Chile, Bolsonaro minimizou a questão e comparou a uma situação com uma “namorada”, em que se resolve na base da conversa. Já Maia, adotou um tom mais forte e alertou para que o presidente use menos as redes sociais e concentre os seus esforços na reforma da Previdência.

De acordo com o G1, Maia atribuiu também ao próprio governo uma eventual crise entre o Executivo e o Legislativo. Ele defende que, para ele, o assunto “já acabou”: “Já falei o que eu tinha para falar”.

“Do meu ponto de vista, ela não devia nem ter sido criada, mas ela foi criada pelo entorno do governo. Para mim já acabou, já falei o que eu tinha para falar. Agora eu quero focar naquilo que eu acredito que é fundamental. Que é mudar o Brasil, reorganizar o Estado brasileiro para que o Estado brasileiro deixe de servir a poucas corporações públicas e privadas e passe a servir a sociedade brasileira”, completou o líder da Câmara

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