Publicado em 11/06/2018 às 10h36. Atualizado em 11/06/2018 às 11h51.

Manuela: candidatura de Bolsonaro ‘deve assustar quem ama o Brasil’

"A perspectiva de termos alguém não comprometido com a democracia não deve assustar só a esquerda. Deve assustar quem ama o Brasil e o povo brasileiro", disse Manuela D'Ávila ao bahia.ba

Jessica Galvão
Matheus Morais/bahia.ba
Matheus Morais/bahia.ba

 

Em Salvador, a pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela d’Ávila, conversou com o bahia.ba, na manhã desta segunda-feira (11) e comentou as pesquisas que apontam Jair Bolsonaro (PSL) como o favorito, num cenário sem a presença do ex-presidente Lula.

Para Manuela, a candidatura de Bolsonaro deve “escandalizar” não só a esquerda, mas sim a todos. “A perspectiva de termos alguém não comprometido com a democracia, com o combate à desigualdade, não comprometido com um país com mulheres e homens, negros e brancos, sejam tratados de forma igual, não deve assustar só a esquerda, deve assustar quem ama o Brasil e o povo brasileiro”, disse a comunista.

“Nós somos um povo que é constituído majoritariamente por mulheres, por negras e negros, e a ideia de alguém que acha que nós mulheres somos inferiores e que os negros são inferiores socialmente, possa governar o Brasil, deve escandalizar a todos. Creio que nós precisamos pensar que essa candidatura se situa num campo e que expressa opiniões que muitas vezes esse mesmo campo tem o constrangimento de expressar”, completou Manuela.

Economia

Segundo a pré-candidata, a crise política “tem que ser mediada no processo eleitoral a partir das escolhas que o povo deve fazer” para que ela possa pensar “num outro projeto de país”.

“Nesse projeto a gente precisa entender qual é o papel da capacidade do Estado investir no desenvolvimento nacional. A tradição brasileira é essa, o estado tem uma participação em investimentos e que isso produza crescimento econômico, então precisamos refletir como recompor a capacidade de investimento público, de investimento do Estado, e isso passa, na minha interpretação, por uma reforma tributária que possa cobrar impostos dos multimilionários, que possa tributar heranças e grandes fortunas que cobrem muito menos imposto do povo, para que a gente possa fazer investimentos importantes em infraestrutura e pensar na retomada da atividade industrial”, disse Manuela.

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