Publicado em 18/11/2016 às 08h00.

‘Meu pai não é bandido’, grita Clarissa em transferência de Garotinho

A deputada federal e filha do ex-governador não queria a transferência do pai para o presídio de Bangu e chegou a dizer que "querem matar ele lá"

Redação
Rio de Janeiro - O ex-governador do Rio Anthony Garotinho deixa o Hospital Souza Aguiar, onde estava internado, para o Complexo Penitenciário de Bangu (Vladimir Platonow/Agência Brasil)
Rio de Janeiro – O ex-governador do Rio Anthony Garotinho deixa o Hospital Souza Aguiar, onde estava internado, para o Complexo Penitenciário de Bangu (Vladimir Platonow/ Agência Brasil)

 

A transferência do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da cidade, foi tumultuada e precisou de reforço dos bombeiros na noite desta quinta-feira (17). Em vídeo publicado nas redes sociais, a filha do político, a deputada federal Clarissa Garotinho (PR), chora e grita que o pai “não é bandido”, tenta entrar à força na ambulância, mas é contida pelos policiais da escolta.

Na confusão, Garotinho tentou se levantar da maca, de onde gesticulava e gritava contra os agentes e profissionais de saúde do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que o conduziam. Foram necessários quatro homens para conter o ex-governador. Clarissa chegou a dizer para os assessores que a acompanhavam: “querem matar ele lá”.

O tumulto começou quando a família do ex-governador tentou impedir sua transferência, sob alegação de que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do presídio não tem condições para tratar dele, que estaria com problemas cardíacos.

A esposa, Rosinha Garotinho, que também é ex-governadora e atual prefeita de Campos, quase desmaiou por duas vezes e precisou ser amparada por assessores. Aos gritos de “Meu marido não é bandido”, ela pedia para acompanhar o detento dentro da ambulância. Após alguns minutos a situação foi controlada e Garotinho pôde ser transferido para o Bangu 8, unidade que abriga presos com nível superior e onde está o também ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.

A ordem para levar o ex-governador foi dada pelo juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos. O magistrado alegou que o político teria regalias no Hospital Souza Aguiar e determinou sua imediata transferência para o presídio. A defesa chegou a pedir transferência para o Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, onde recebe tratamento cardíaco, mas não conseguiu. Segundo a Secretaria de Saúde, a prefeitura deu autorização para a transferência, mas a Polícia Federal (PF) negou o pedido.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.