Publicado em 10/04/2019 às 13h00.

Michel Temer é denunciado mais uma vez pelo MPF

Caso a acusação seja aceita pela Justiça, o ex-presidente poderá se tornar réu pela sexta vez

Redação
Foto: Beto Barata/ PR
Foto: Beto Barata/ PR

 
O ex-presidente Michel Temer (MDB) é alvo de mais duas denúncias na Justiça. Segundo informações do site da Veja, desta vez, ele é apontado como chefe de uma organização criminosa e responsável por tramar contra a Lava-Jato. As imputações foram feitas pela Procuradoria da República no Distrito Federal com base nas acusações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. De acordo com os investigadores, Temer atuou na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e comandou uma quadrilha do MDB na Câmara.

As denúncias apresentadas à Justiça Federal do Distrito Federal são baseadas nas delações de executivos da JBS e do doleiro Lúcio Funaro. De acordo com os procuradores, o ex-presidente instigou Joesley Batista, dono da JBS, a manter Cunha e Funaro longe de uma delação premiada.

Segundo a Veja, a principal prova utilizada pelos investigadores é uma gravação em áudio de uma conversa entre o empresário e Temer realizada em março de 2017 no Palácio do Jaburu, em Brasília. No diálogo, Joesley diz que está “de bem” com o ex-deputado. Na sequência, o então presidente responde: “Tem que manter isso, viu”. Para o Ministério Público Federal, essa é uma evidência de que Temer avalizou o “pacto de silêncio” firmado entre as testemunhas – que, mais tarde, seria rompido com a colaboração do doleiro.

Na denúncia, Temer também é acusado de controlar um esquema que desviou ao menos 587 milhões de reais. O Ministério Público Federal aponta que o ex-presidente se aliou a outros integrantes do MDB da Câmara para arrecadar propinas em contratos na Petrobras, na Caixa Econômica Federal, em Furnas, no Ministério da Integração Nacional e no próprio Congresso. Entre os membros dessa organização criminosa, estariam os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e o ex-ministro Moreira Franco.

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