Publicado em 08/10/2016 às 07h30.

Ministro da Justiça recebeu R$ 4 mi de empresa investigada pela PF

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, na época, Alexandre Moraes não tinha cargo público.

Redação
São Paulo - O ministro de Estado da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, participa do 6º Congresso de Combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo - Fecomercio.(Rovena Rosa/Agência BRasil)
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

 

O atual ministro da Justiça, Alexandre Moares, mais uma vez se envolve em polêmica. Depois de ser flagrado preconizando uma etapa da Operação Lava Jato, o nome do membro do governo Temer aparece em documentos apreendidos pela PF durante Operação Acrônimo, que indicam o pagamento de pelo menos R$ 4 milhões de uma das empresas investigadas, a JHSF Participações, de São Paulo, para a sua firma de advocacia, entre 2010 e 2014.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, na época, Moraes não tinha cargo público.

No último dia 16 de agosto, a PF encontrou sobre a mesa de um dos principais executivos da JHSF, empresa do setor imobiliário, uma planilha impressa com o nome “Alexandre Moraes”, além de valores e duas siglas, PT e PSDB.

Os valores a Moraes estavam associados à palavra Parkbem, antigo nome de uma empresa de estacionamentos do grupo JHSF.

No dia 31 do mesmo mês, durante depoimento prestado à PF pelo proprietário da JHSF, José Auriemo Neto, a defesa do executivo confirmou que a referência era mesmo ao ministro da Justiça.

A coordenação da Operação Acrônimo pediu ao ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator da investigação, que informasse ao Supremo Tribubal Federal (STF) a necessidade de abertura de um inquérito.

Moraes disse ao jornal, em nota, que os pagamentos foram legais e o caso já foi arquivado “liminarmente” pelo ministro do STF Luiz Fux.

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