Publicado em 19/09/2017 às 16h00.

Ministro do STJ se declara impedido para julgar irmão da JBS

Napoleão Nunes Maia justificou o impedimento com a afirmação de que um corréu do caso "teria feito maldosas ilações pejorativas e caluniosas"

Redação
Foto: Roberto Jayme/ Ascom/TSE
Foto: Roberto Jayme/ Ascom/TSE

 

Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Nunes Maia se declarou suspeito para julgar a reclamação dos irmãos Joesley e Wesley Batista – donos da JBS – que estão presos em São Paulo.

De acordo com a Folha, os empresários pedem que o caso que investiga se eles se beneficiaram de operações financeiras com a delação migre da primeira instância para o STJ por incluir a advogada Fernanda Tórtima, que é suplente no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro.

Nunes Maia justificou o impedimento com a afirmação de que um corréu do caso da JBS “teria feito maldosas ilações pejorativas e caluniosas respeitantes à minha pessoa, ofendendo duramente a minha honra pessoal e de Magistrado”.

“Por seguir, como sigo, a rigorosa prerrogativa de não emitir qualquer juízo — por perfunctório que seja — sobre a conduta, ainda que censurável, de pessoas em relação às quais não me sinto distante e isento, vejo-me na contingência de afirmar a minha suspeição, neste caso, o que ora faço no intuito de preservar a imparcialidade que se requer de qualquer julgador”, escreveu.

Em colaboração premiada, o advogado e delator da empresa Francisco de Assis e Silva contou a procuradores ter conversado com Willer Tomaz, advogado preso na operação Patmos, sobre a suposta interferência do ministro do STJ em favor da empresa. Maia Filho sempre negou.

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