Publicado em 14/03/2016 às 17h20.

Ministro Gilberto Kassab evita falar sobre permanência no governo

Presidente licenciado do PSD é fundador de um dos partidos com a maior bancada na Câmara dos Deputados, onde tem início o processo de impeachment da presidente

Agência Estado
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD-SP), um dos que ganharam mais visibilidade no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, evitou falar se, com o agravamento da crise política, ele deve permanecer no governo. Kassab é fundador de um dos partidos com a maior bancada na Câmara dos Deputados, onde tem início o processo de impeachment da presidente.

Em cerimônia de entrega de 499 unidades residenciais do programa Minha Casa Minha Vida em Luziânia, município de Goiás que fica a 60 km de Brasília, o ministro direcionou seu discurso às famílias beneficiadas e não falou sobre política no palanque.

Em entrevista à reportagem, o ministro não respondeu se permanece no governo. Com o agravamento da crise política e a possibilidade de impeachment da presidente, os principais partidos da base, como o PMDB, ensaiam uma saída do governo, com o abandono de cargos em ministérios e secretarias.

Kassab é presidente licenciado do PSD e fundou o partido em 2011, quando levou com ele diversos deputados de oposição para a base do governo Dilma. Atualmente, o partido compõe uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados.

O ministro assumiu o cargo em janeiro de 2015 e ganhou visibilidade ao viajar o País fazendo entregas de complexos residenciais e obras de infraestrutura e saneamento básico.

Manifestações – Kassab reconheceu como democráticas as manifestações de oposição ao governo, que tomaram as ruas no último domingo. “É uma manifestação própria da democracia. As pessoas colocam suas posições, preocupadas com a economia e com o que vem sendo apontado pelo Judiciário”, afirmou, em referência às investigações da Operação Lava Jato que, nas últimas semanas, se aproximaram do ex-presidente Lula.

Por outro lado, o ministro enalteceu a posição da presidente Dilma de reconhecer a manifestação popular e não interferir nas investigações em curso. “Ela reconheceu o valor das manifestações, da democracia e não interferiu em nenhum momento na apuração de nada, inclusive de pessoas que já participaram ou estão no seu governo, na sua base”, afirmou.

Kassab classificou a atitude da presidente como “republicana”, e defendeu que a postura traz a ela mais “respeitabilidade” por parte da população brasileira.

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