Publicado em 08/12/2016 às 11h10.

Ministro Padilha é acusado de grilagem no Rio Grande do Sul

Justiça Federal determinou a realização de “prova testemunhal e perícia topográfica e planimétrica” da área

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), é processado em uma ação que contesta a posse de uma propriedade que ele reivindica em Palmares do Sul, no litoral do Rio Grande do Sul. De acordo com o Estadão, o braço direito do presidente Michel Temer disputa uma área de 1.929 hectares com a empresa Edusa Edificações Urbanas, do empresário João Perdomini.

O terreno fica em uma região de dunas, de frente para o mar, cobiçado por empresas do setor elétrico por ser ideal para construção de um complexo para extrair energia dos ventos. Dois empreendimentos que tentaram se estabelecer na área foram frustrados. Em outubro de 2007, a Girassol Florestamento e Imobiliária, de Padilha, firmou parceria com a Elebras Projetos Ltda para construir e operar o que seria chamado de Parque Eólico de Tramandaí.

Em 2011, as empresas Ventos do Cabo Verde I e II venceram um leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para instalar três parques eólicos, com investimentos avaliados em R$ 341,7 milhões.

Em 2012, quando era deputado do PMDB pelo estado e já disputava a região, Padilha apresentou projeto de lei na Câmara que estabelecia novos critérios para demarcação de terrenos de Marinha e autorizava a transferência da administração das áreas aos seus municípios. O projeto foi arquivado em janeiro de 2015.

A Justiça Federal determinou a realização de “prova testemunhal e perícia topográfica e planimétrica” da área que a Edusa e o ministro alegam serem donos. O caso segue em análise.

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