Publicado em 16/03/2016 às 22h52.

Moro mandou suspender interceptações antes de PF gravar Lula e Dilma

Segundo a Folha de S. Paulo, o juiz mandou interromper grampos por volta das 11h e Polícia Federal gravou conversa entre petistas cerca de duas horas depois

Redação
Juiz federal Sérgio Moro (Foto Flickr)
Foto: Flickr

 

O juiz Sérgio Moro mandou suspender as interceptações telefônicas antes do momento em que a Polícia Federal gravou conversa entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma nesta quarta-feira (16), segundo a Folha de S. Paulo.

“As interceptações foram autorizadas por meio da decisão do evento 4 [em 19 de fevereiro de 2016]. Tendo sido deflagradas diligências ostensivas de busca e apreensão no processo 5006617-29.2016.4.04.7000, não vislumbro mais razão para a continuidade da interceptação. Assim, determino a sua interrupção. Ciência à autoridade policial com urgência, inclusive por telefone. Ciência ao MPF [Ministério Público Federal] para manifestação”, diz documento do processo assinado eletronicamente pelo juiz às 11h12.

Cerca de meia hora depois, a secretária da vara de Moro, Flávia Cecília Maceno Blanco, assina documento eletrônico no qual informa que já comunicou a decisão de Moro ao delegado da Polícia Federal Luciano Flores de Lima. Entre 12h17 e 12h18, o magistrado comunica aos diretores das operadoras telefônicas do país que várias linhas telefônicas, incluindo uma utilizada por Lula, não devem mais ser interceptadas.

No entanto, em documento anexado às 15h34, a equipe de análise da Polícia Federal da Lava Jato informa ao delegado Luciano que uma ligação telefônica entre Lula e Dilma foi gravada às 13h32. De acordo com a Folha, Moro não se pronunciou sobre o episódio, assim como as assessorias da PF no Paraná e em Brasília.

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