Publicado em 10/04/2017 às 18h40.

Moro para Lula: ampla defesa não exige milhares de documentos

Juiz da Lava Jato considera pedido dos advogados "de duvidosa relevância" para o processo, mas autoriza Petrobras a disponibilizar a documentação

Redação
Moro X Lula (Montagem bahia.ba)
Moro X Lula (Montagem bahia.ba)

 

Se a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quiser examinar toda a documentação que, segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato, consolida as acusações contra ele, terá que requisitar o material diretamente à Petrobras. A informação é do juiz federal Sérgio Moro, que coordena o processo na primeira instância, e considera o material solicitado pelos advogados do petista “de muito duvidosa relevância ou pertinência para o objeto da ação penal”.

Em despacho, Moro pontua que “a ampla defesa não vai ao extremo de exigir a produção de dezenas, centenas ou milhares de documentos da parte adversa sem que tenham pertinência ou relevância para o processo”. Mas, “por liberalidade”, o juiz autoriza a Petrobras a disponibilizar aos advogados a documentação requerida pelos advogados.

Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobras. A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que ele recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. O petista nega.

Entre as acusações contra o ex-presidente estão o suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um triplex no Guarujá-SP, litoral de São Paulo, e o armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela transportadora Granero de 2011 a 2016.

Com informações de O Estado de São Paulo.

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