Publicado em 22/01/2019 às 09h43.

Moro participa de debate sobre corrupção, mas evita comentar caso Coaf

“Não me cabe comentar sobre isso, mas as instituições estão funcionando”, disse ministro da Justiça

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

Em debate no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, rejeitou que o governo Bolsonaro adote uma posição populista na promessa de combate à corrupção e defendeu um pacto empresarial no Brasil contra subornos, segundo O Globo.

Durante a discussão, o professor suíço Mark Pieth afirmou sentir um desconforto com governos populistas que sinalizam combate a corrupção e, uma vez eleitos, não fazem nada efetivamente neste sentido.

Para exemplificar o raciocínio, o professor citou Silvio Berlusconi, da Itália. A representante da Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, acrescentou que “populistas tomam a narrativa da corrupção, mas não tem uma agenda real, só o discurso contra a corrupção”.

Ao comentar o caso Berlusconi, Moro disse que se tratava de uma situação diferente, porque o italiano sequer respeitava a separação de poderes e estava envolvido em muitos casos de corrupção.

Mais tarde, ao ser perguntado sobre o risco do governo Bolsonaro ser atingido pelas investigações do caso Coaf o ministro declarou: “O governo tem discurso forte contra a corrupção e vem adotando práticas sobre algo que não foi feito em 30 anos no Brasil, que é não vender posições ministeriais na barganha pelo poder. E nomeou pessoas técnicas. O compromisso do governo é forte contra a corrupção”.

Ainda sobre as investigações em torno de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, Moro disse: “Não me cabe comentar sobre isso, mas as instituições estão funcionando”.

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