Publicado em 18/09/2018 às 17h27.

MP-BA instaura inquérito para apurar contratação de Kannário pela prefeitura em 2017

Vereador-cantor recebeu R$ 120 mil para tocar no Carnaval; prefeito defendeu a contratação na época: "Não está tocando porque é vereador"

Rodrigo Aguiar
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou inquérito civil para investigar a contratação do cantor e vereador Igor Kannário (PHS) pela prefeitura de Salvador para o Carnaval de 2017.

Inicialmente, o caso era objeto de procedimento investigativo preliminar na 4ª Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital.

A contratação de Kannário, integrante da base do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara, foi alvo de representação de autoria de Alexandre Loureiro. O vereador recebeu R$ 120 mil para quatro apresentações na festa.

Na época, o prefeito defendeu o procedimento. “Ora, me poupe! É uma bobagem. Muita gente estava excluindo Kannário do Carnaval porque muita gente tinha preconceito. Tive a coragem de trazer ele para o carnaval, muito antes de ele ser vereador. Ele não está tocando porque é vereador. Qualquer outra coisa é preconceito”, disse o gestor.

A administração municipal informou na ocasião que iria “investir” R$ 6 milhões na contratação de 400 atrações, entre as quais estava o pagodeiro. Posteriormente, a prefeitura disse que tais artistas foram bancados por recursos da iniciativa privada.

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