Publicado em 04/07/2018 às 17h40.

MP-MG apura relação de Aécio com negócios de grupo de comunicação

Há suspeita de que recursos públicos foram repassados ao Grupo Bel para a compra de um jornal com o objetivo de favorecer o senador no pleito de 2014

Redação
Foto: Beto Barata/ Agência Senado
Foto: Beto Barata/ Agência Senado

 

Após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) instaurou um inquérito para apurar se recursos do estado foram utilizados em negócios do Grupo Bel, de comunicação, para favorecer o senador Aécio Neves (PSD) na eleição de 2014, quando o tucano disputou a Presidência da República.

O ministro Marco Aurélio, do Supremo, ordenou que a investigação fosse desmembrada e enviada a Minas Gerais, por também envolver a irmã de Aécio, Andrea Neves, e Flávio Carneiro, do Grupo Bel, que não têm foro privilegiado.

Instaurado no último dia 22 de junho pelo promotor Eduardo Nepomuceno, da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, o inquérito apura se houve dano ao erário, enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, segundo a Folha.

A PGR solicitou que seja investigada a desapropriação de um terreno pertencente a uma rádio do Grupo Bel em 2013, quando o senador Antonio Anastasia (PSDB) era governador.

No local, foi construída uma área integrada de segurança pública e o estado pagou R$ 1,09 milhão como indenização. O caso, no entanto, foi judicializado.

A suspeita é de que o dinheiro tenha sido repassado ao Grupo Bel para viabilizar a compra do jornal mineiro Hoje em Dia com o objetivo de favorecer Aécio no último pleito presidencial. Em delação, o empresário Joesley Batista, da JBS, afirmou que Carneiro era aliado do senador.

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