Publicado em 14/11/2017 às 10h40.

MPF pede prisão preventiva de cúpula da Assembleia do Rio

Na Operação Cadeia Velha, é apurado o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Redação
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

O Ministério Público Federal (MPF) deflagrou nesta terça-feira (14), no Rio de Janeiro, a operação Cadeia Velha, fruto de uma ação conjunta com a Polícia Federal (PF) e iniciada a pedido do Núcleo Criminal de Combate à Corrupção (Nccc) do próprio MPF.

Na ação, a pedido do desembargador federal Abel Gomes, relator dos processos da força-tarefa Lava Jato no RJ no Tribunal Regional Federal, são ordenadas as conduções coercitivas dos deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi (todos do PMDB), além de seis prisões preventivas e quatro temporárias e buscas e apreensões nos endereços de 14 pessoas físicas e sete pessoas jurídicas.

Segundo nota do MPF, a condução coercitiva dos parlamentares foi ordenada como alternativa inicial à prisão deles. A operação investiga outras dez pessoas por corrupção e outros crimes que envolvem a Casa de Leis fluminense.

Na Operação Cadeia Velha, é apurado o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo as informações divulgadas, petição do MPF, com 232 páginas, resulta de investigações feitas há mais de seis meses, “que incluíram quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático, acordos de leniência e de colaboração premiada, além de provas obtidas a partir das Operações Calicute, Eficiência, Descontrole, Quinto do Ouro e Ponto Final”.

O MPF sustentou, junto ao Tribunal Regional Federal, que são “inafiançáveis os crimes dos deputados, que seguem em flagrante delito, sobretudo, de associação criminosa e lavagem de ativos, e que não é preciso a Alerj avaliar suas prisões.”

Os investigados com prisão preventiva decretada são os empresários Lélis Teixeira, Jacob Barata Filho e José Carlos Lavouras, investigados na Operação Ponto Final, além de Jorge Luiz Ribeiro, Carlos Cesar da Costa Pereira e Andreia Cardoso do Nascimento. Os detidos temporariamente são Felipe Picciani, Ana Claudia Jaccoub, Marcia Rocha Schalcher de Almeida e Fabio Cardoso do Nascimento.

Os principais nomes da cúpula da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, que congrega dez sindicatos de empresas de ônibus que atuam no transporte urbano, interurbano e de turismo e fretamento), Lélis Teixeira, José Carlos Lavouras e Jacob Barata Filho, foram todos alvos da primeira fase da Operação Ponto Final, deflagrada em julho. Eles haviam sido libertados por liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Os procuradores regionais da República Andrées públicas, sustentam que está “ha Bayão, Carlos Aguiar, Mônica de Ré, Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini, do MPF na 2ª Região, que pediram o afastamento dos deputados das funçõavendo demonstração cabal de ilícitos gravíssimos e até mesmo alguns em estado de flagrância, à vista de sua natureza permanente, e que a liberdade dos referidos alvos implicaria perigo concreto à ordem pública”.

Em consequência, além da aplicação da lei penal, o MPF entende a necessidade “de que sejam deferidas prisões preventivas em desfavor dos deputados estaduais ora investigados”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.