Publicado em 22/12/2018 às 07h40.

MPF rastreia propinas para construção da sede da Petrobras em Salvador

Lava Jato denunciou 42 pessoas que podem ter participado do esquema de desvio de dinheiro, entre eles o ex-presidente da Petros

Redação
Foto: Reprodução/Google Street View
Foto: Reprodução/Google Street View

 

A construção da sede da Petrobras em Salvador, localizada no bairro da Pituba, é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF). A força-tarefa da Lava Jato denunciou 42 pessoas ligadas a esquema de propinas e desvio de dinheiro, por meio de contratações fraudulentas na obra.

O projeto, estimado em R$ 1,3 milhão, teria rendido ao menos R$ 67,2 milhões que foram identificados até agora pelo MPF, entre os anos de 2009 e 2016. Entre os denunciados estão o ex-presidente da Petros, sócios da OAS e marqueteiro ligado ao PT.

Em novembro, já havia sido decretada a prisão do ex-presidente da Petros e do sócio da OAS, César Mata Pires. A Petros se comprometeu em realizar a obra e a Petrobras alugar o prédio por 30 anos.

Ao menos três ex-presidentes da Petros são alvos da denúncia: Wagner Pinheiro de Oliveira, Luís Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa. Além deles, também constam entre os acusados Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras e os empresários da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, ex-presidente e César Araújo Mata Pires Filho, ex-vice-presidente.

Como operadores financeiros foram denunciados Valdemir Flávio Pereira Garreta, marqueteiro ligado ao PT, além de João Vaccari Neto e sua cunhada Marice Correa de Lima, entre outros.

Também são acusados no esquema executivos da Odebrecht e delatores, como Marcelo Odebrecht, que cumpre prisão domiciliar, e Rogério Araújo. A denúncia, porém, não muda os termos do acordo de delação deles.

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