Publicado em 19/09/2017 às 14h40.

Na ONU, Temer fala de meio ambiente e esquece corrupção

O presidente ressaltou que o Brasil "orgulha-se de ter a maior cobertura de florestas tropicais do planeta" e mostrou preocupação com o desmatamento

Redação
Foto: Beto Barata/PR
Foto: Beto Barata/PR

 

Em discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19), o presidente Michel Temer falou apenas de temas brandos. Não citou a corrupção e se gabou de índices econômicos e ambientais.

O comandante do governo brasileiro disse que o compromisso com o desenvolvimento sustentável “é de primeira hora”. “Permeia nossas políticas públicas e nossa atuação externa”, afirmou. Temer disse ainda que o desmatamento na Amazônia preocupa, mas tem sido combatido e já mostra resultados.

Ainda no discurso, o presidente ressaltou que o Brasil está na “vanguarda do movimento em direção a uma economia de baixo carbono” e destacou que a energia limpa e renovável representa mais de 40% da matriz nacional. O porcentual é três vezes a média mundial. “Somos líderes em energia hídrica e em bioenergia”, disse ele.

Ao falar do tema, Temer ressaltou que o Brasil “orgulha-se de ter a maior cobertura de florestas tropicais do planeta” e mostrou preocupação com o desmatamento.

“É questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia”, afirmou ele, ao pontuar que o governo tem “concentrado atenção e recursos” para combater o desmatamento e que a estratégia já deu resultados. “Pois trago a boa notícia de que os primeiros dados disponíveis para o último ano já indicam diminuição de mais de 20% do desmatamento naquela região. Retomamos o bom caminho, e nesse caminho persistiremos”, ressaltou.

O terrorismo também foi abordado pelo presidente, que pediu “união” internacional para o seu combate. “É um mal que se alimenta dos fundamentalismos e da exclusão, e a que nenhum país está imune”, opinou, mas ressaltou: “Não seremos acuados pelo terror, nem permitiremos que ele abale nossa crença na liberdade e na tolerância”.

Temer destacou que o momento atual de “incerteza e instabilidade” exige mais diplomacia, negociação, multilateralismo e diálogo. “Certamente necessitamos de mais ONU, e de uma ONU que tenha cada vez mais legitimidade e eficácia.”

No domingo, a embaixadora dos EUA na organização, Nikki Haley, disse que o Conselho de Segurança esgotou todas as opções para enfrentar a ameaça nuclear da Coreia do Norte e observou que o assunto pode passar das mãos dos diplomatas para os militares do Pentágono.

O presidente reiterou o pleito antigo do Brasil de reforma e ampliação do Conselho de Segurança, integrado por cinco países detentores de poder de veto: EUA, China, Índia, Inglaterra e França.

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