Publicado em 20/06/2017 às 10h25.

Na semana do São João, bombas e dinamite se embolam em Salvador

Lembra que até pouquíssimo tempo atrás era comum caixas eletrônicos nas lojas de postos de combustíveis? Os primeiros a pular fora foram os donos

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Os outros pecados falam apenas. O crime grita.”
John Webster, dramaturgo inglês (1580-1634)

Foto: Claudio Cassiano Falcão/ O Sistema é Bruto
Foto: Claudio Cassiano Falcão/ O Sistema é Bruto

 

A semana do São João, quando o estouro de bombas fazem parte da cena, Salvador foi agraciada com duas grandes explosões, ambas no bairro da Liberdade, não de festejos juninos, mas de bandidos, que dinamitaram duas agências bancárias.

As autoridades da segurança dizem que as estatísticas estão caindo. Mas também é expressivo o número de agências que fecharam e mais ainda o de caixas eletrônicos.

Lembra que até pouquíssimo tempo atrás, não mais que quatro anos, era comum caixas eletrônicos nas lojas dos postos de combustíveis? Os primeiros a pular fora foram os donos dos postos, por uma razão plausível, ressalte-se.

Dinamite e gasolina é um casamento com fortíssimo potencial bombástico, literalmente. E daí tem as agências que não reabrem por insegurança pura e simples. Foram 22 explosões e arrombamentos este ano na Bahia. Onze dos casos, mandaram as agências pelos ares.

Pode ser que estatísticas estejam caindo, mas a sensação é oposta. As pequenas e médias cidades do interior, onde a paz ainda predomina (cada vez mais, menos) e a vigilância é menor, sempre foram os alvos prediletos.

E quando se vê as explosões em Salvador, fica parecendo que o mercado lá saturou, e a turma das quadrilhas mudou ou está mudando para cá.

Seja como for, feliz São João.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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