Publicado em 19/04/2017 às 09h50.

‘Não foi o governo que operou’, diz Nilo sobre saída de deputados do PSL

Com a perda de Euclides Fernandes e Jurandy Oliveira, partido perdeu direito de indicar integrante na CPI do Centro de Convenções, que acabou arquivada na AL-BA

Evilasio Junior
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

Presidente do PSL e ex-comandante da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Marcelo Nilo negou que a saída de dois parlamentares da legenda tenha sido arquitetada no Palácio de Ondina como forma de enfraquecer a CPI do Centro de Convenções, arquivada na Casa nesta terça-feira (18).

Em entrevista ao bahia.ba, durante o evento de certificação de 62 jovens do Programa Jovem Aprendiz, nesta quarta (19), no auditório da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), no Centro Administrativo (CAB), em Salvador, o parlamentar rebateu o argumento da oposição de que a debandada foi um dos braços da articulação governista para engavetar a investigação.

“Não foi o governo que operou. Foram os deputados que saíram. Eu sou presidente do partido e os deputados Euclides [Fernandes] e Jurandy [Oliveira] me procuraram dizendo que gostariam de sair do partido, porque não estavam se sentindo bem. Não teve nada com o governo. O governo não interfere na vida dos deputados. Eles saíram, voltaram para os partidos de origem [PDT e PRP] para estarem melhor politicamente. Portanto, não foi uma ação do governo. Foi dos próprios deputados”, disse.

Ele avaliou ainda que a bancada da minoria, que se retirou da reunião da comissão e ameaçou judicializar o caso “saiu muito mal politicamente” da disputa.

PCdoB – Marcelo Nilo se esquivou de comentar as críticas que teceu em entrevista recente contra os deputados federais Daniel Almeida e Davidson Magalhães, ex-presidente e atual do PCdoB baiano, os quais acusou de “só pensar em cargos” ao deixar de apoiá-lo na eleição da AL-BA. Ao bahia.ba, ele poupou os parlamentares Fabrício Falcão, Bobô e Zó, mas reiterou o discurso.

“A crítica não foi para os três deputados. Eles queriam ficar conosco. Foi uma imposição da executiva. Eu não tiro uma vírgula do que disse. Tudo o que eu falo, eu falo pensado. Eu não fiz nenhuma crítica a ninguém. Eu contei uma história. Eu pensei e falei tudo o que estava no meu coração, mas, para mim, é assunto encerrado. Eu não tenho nada pessoal contra o Davidson, não tenho nada pessoal contra o Daniel. São decisões políticas que a gente tem de respeitar e aceitar e partir para as próximas jornadas políticas”, ponderou.

Em resposta, Daniel chegou a dizer que Nilo é “uma fruta que apodreceu no pé”.

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