Publicado em 23/05/2019 às 15h44.

Não há barragem segura no Brasil, afirma ministro de Minas e Energia

Bento Albuquerque falou aos senadores da Comissão do Meio Ambiente nesta quinta-feira (23)

Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro de Minas e Energia, Beto Albuquerque, afirmou que não há barragem segura no país. Em depoimento na Comissão de Meio Ambiente do Senado sobre segurança de barragens, nesta quinta-feira (23), o ministro disse que este “conceito” não existe.

Albuquerque explicou que a probabilidade de rompimento de barragens construídas à montante, como foi o caso de Mariana, Brumadinho e agora de Gongo Soco, todas em Minas Gerais, é muito superior às demais.

O ministro disse que a pasta faz parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) para fiscalizar as barragens, em razão da grande quantidade, cerca de 2 mil, entre elas as que não são só de rejeitos de mineração.

Albuquerque afirmou ainda que, até 2021, todas as barragens serão descomissionadas, ou seja, será feito o esvaziamento dos rejeitos.

Diligência

Nesta sexta-feira (24), senadores da Comissão do Meio Ambiente irão até a região da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), para uma diligência. De responsabilidade da mineradora Vale, a barragem da mina está, desde a semana passada, em alerta máximo e com risco de rompimento. Os senadores querem verificar os riscos e as iniciativas do Poder Público para minimizar a situação.

O talude da barragem está se movendo entre 6 e 8 centímetros por dia e, caso a estrutura se rompa, os rejeitos podem se espalhar por até 75 km, atingindo os municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo, que desde fevereiro foram totalmente evacuados.

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