Publicado em 17/08/2017 às 21h13.

‘Não precisa gostar de mim, pois não gosto dele’, diz Lula sobre Aleluia

Ex-presidente confirmou ainda que irá a Cruz das Almas, apesar de a Justiça barrar a homenagem que ele receberia na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Rodrigo Aguiar
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba

 

Em ato com militantes, eleitores e aliados petistas na Fonte Nova nesta quinta-feira (17), o ex-presidente Lula criticou “um vereador do DEM” que entrou com um pedido na Justiça para que ele não recebesse o título de doutor honoris causa na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e reiterou que vai a Cruz das Almas nesta sexta, mesmo com a decisão judicial, como antecipou o bahia.ba.

Segundo o petista, a medida ingressada por Alexandre Aleluia representa o “medo” dos adversários, pelo que ele “ainda vai fazer”. “Ele tem o direito de não gostar de mim, porque ele é do DEM. Quem é do DEM não precisa gostar de mim, porque eu não gosto deles. Não gosto por divergência ideológica, pela concepção de país deles”, afirmou.

Embora ressaltasse que não poderia falar como candidato “ainda”, o ex-mandatário voltou a disseminar a tese de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um “golpe” e deixou clara a intenção de voltar a disputar o comando da República em 2018.

“Vocês vão sentir na própria pele o que fizeram contra a democracia desse país. Uma pessoa democrática vai governar esse país em 2018″, avisou Lula, sem citar nominalmente o presidente Michel Temer.

O petista disse ainda que se “orgulha” de ter colocado José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, na estatal e classificou esta como uma “escolha pessoal”, independentemente de partidos.

“Eu disse em um depoimento para um delegado que tenho orgulho de ter indicado duas pessoas em uma escolha pessoal para a Petrobras: o José Dutra e o José Sérgio Gabrielli”, declarou.

Lula mencionou uma série de eventos históricos ocorridos na Bahia ao longo dos séculos, para caracterizar o estado como berço de levantes e revoltas. Durante o discurso, a plateia de apoiadores chegou a interromper a sua fala em alguns momentos para endossar o coro: “Fora Temer, e leve ACM”.

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