Publicado em 19/06/2017 às 11h58.

‘Não sei o que ele quer provocar de conflito a mais’, diz Neto sobre Rui

Prefeito criticou proposta do governador de fazer licitação para operação paralela entre ônibus e metrô: “Eu não sei se ele está assustado com alguma coisa”

Evilasio Junior
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba

 

A proposta do governador Rui Costa, que pretende licitar um sistema paralelo de ônibus para alimentar a linha 2 do metrô de Salvador, não foi bem recebida pelo prefeito ACM Neto (DEM).

Em entrevista ao bahia.ba, nesta segunda-feira (19), após a vistoria ao Mercado Municipal de Cajazeiras, o gestor soteropolitano disse estar aberto ao diálogo, mas repetiu o termo utilizado pelo seu secretário de Mobilidade, Fábio Mota, que acusou o petista de “politizar” o debate sobre a integração entre os modais.

“Existe, sempre existe [possibilidade de conversa]. Eu, hora nenhuma, interrompi o diálogo. Pelo contrário. Inclusive houve uma reunião na semana passada no Ministério Público, onde se avançou muito em torno desse diálogo. Agora, o que eu não estou entendendo é porque o governador não para de politizar esse assunto. É uma coisa impressionante. Eu não sei se ele está assustado com alguma coisa, se ele está preocupado com alguma coisa… Eu não sei o que é. Eu não sei o que ele quer provocar de conflito a mais comigo ou com a prefeitura. Eu não entendo essa postura do governador”, criticou.

De acordo com o democrata, a sua “postura é de defender o usuário do sistema de transporte”. Segundo ele, se a medida for executada por Rui, a tarifa dos coletivos da capital poderá ser aumentada.

“Se a saída do governo do Estado prevalecer, eu vou ter que onerar, ou seja, encarecer o preço da passagem de ônibus. Isso eu não vou permitir que aconteça. Não vai acontecer. Então, o governo do Estado tem que subsidiar a operação. Essa é a questão toda. O metrô precisa da alimentação do ônibus. Agora, se não houver outra saída, não tem problema nenhum. Está no contrato. Eles podem fazer a licitação de alimentação do sistema. Está no contrato, não tem problema nenhum: para operar cinco quilômetros, e apenas cinco quilômetros”, advertiu.

Na avaliação de Neto, um sistema adicional de ônibus mantido pelo Estado trará ainda mais problemas ao trânsito da cidade: “O quê? Demais! Não tenha dúvida”.

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