Publicado em 15/08/2017 às 18h59.

‘Não sou oposição ao prefeito’, diz Rui sobre queixa-crime contra Neto

Na polêmica da conexão de metrô e ônibus, governador exigiu duas condições para isentar ICMS do diesel: integração completa e ar-condicionado em todos os coletivos

Evilasio Junior
Foto: Raul Golinelli GOVBA.
Foto: Raul Golinelli GOVBA.

 

Apesar da possibilidade de enfrentar ACM Neto (DEM), na sua tentativa de reeleição em 2018, o governador Rui Costa (PT) negou ter articulado as ações judiciais de deputados do seu partido, que apontam campanha antecipada do democrata, e da bancada de oposição na Câmara de Vereadores, que pediu a prisão do prefeito de Salvador por suposta obstrução de Justiça.

Perguntado sobre os recentes casos pelo bahia.ba, nesta terça-feira (15), após o lançamento do projeto Concha Negra, no Salão de Atos da Governadoria, o petista negou orientar ou dar combustível à ala contrária ao gestor soteropolitano. Ele evitou opinar se o seu grupo está mais atento à administração municipal.

“Eu não sei dizer porque eu sou governo, não sou oposição ao prefeito. Eu ajudo todos os prefeitos da Bahia. Eu tenho ajudado muito em Salvador e vou continuar ajudando. Todos os prefeitos participam comigo de atos, de lançamentos, de obras, mesmo os prefeitos que são de partidos de oposição. Eu quero consolidar na Bahia, se Deus me ajudar, um sentimento de que o governador não persegue, não pune nenhum prefeito a depender da sua filiação partidária. Então, eu não me considero de oposição a nenhum prefeito. Me relaciono com todos na mesma reciprocidade que eu sou tratado. Agora, eu não quero comentar as atitudes dos partidos políticos ou dos parlamentares. São naturais dos seus mandatos. Cada vereador, cada deputado, cada partido, tem atitudes de que acha mais conveniente, mais adequada em relação aonde atua. Isso acontece em vários municípios. Faz parte da disputa política ou, às vezes, da busca pela legalidade”, argumentou Rui.

Integração – Sobre a polêmica mais recente entre os dois adversários políticos, a integração entre metrô e ônibus, o governador colocou duas exigências para atender ao principal pleito dos empresários dos coletivos: a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria (ICMS) sobre o preço dos combustíveis.

“Primeiro que eles façam a integração por completo, segundo que eles coloquem ar-condicionado em todos os ônibus. Eu só reduzirei o ICMS se houver o atendimento desses dois preceitos. Ou seja, que tenha qualidade do transporte público para o povão”, afirmou.

Lula – O chefe do Executivo baiano confirmou que estará na recepção ao ex-presidente Lula, líder maior do PT no Brasil, que chegará à capital baiana no início da noite desta quinta (17), e seguirá com ele de metrô para um ato político na Fonte Nova.

Ele negou, no entanto, que participará da homenagem a ser recebida pelo petista no dia seguinte, na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), em Cruz das Almas. “Na sexta eu vou acompanhar a ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, que vai estar aqui”, avisou.

Rui garantiu presença no outro evento com Lula, no sábado (19), em Feira de Santana.

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