Publicado em 17/10/2017 às 10h32.

Neto evita projetar futuro do PMDB: ‘Não tenho bola de cristal’

Prefeito de Salvador novamente pregou cautela ao comentar as denúncias de corrupção e negou se arrepender de ter feito aliança com Lúcio e Geddel Vieira Lima

Evilasio Junior
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba

 

Aliado do PMDB baiano, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), evitou comentar o futuro político do partido, que foi abalado com a prisão do seu então presidente estadual, o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, e mais recentemente com a operação da Polícia Federal contra Lúcio Vieira Lima. Ambos são suspeitos no caso do bunker que abrigava R$ 51 milhões, supostamente provenientes de propinas.

Interpelado pelo bahia.ba a opinar se, com os episódios, a família que dominou a sigla por décadas poderia perder o controle, o democrata não se arriscou. “Eu não posso dizer isso nem ninguém pode dizer isso. Eu acho que, absolutamente, é uma previsão que sequer deve ser feita em um momento como esse. Esse é um caso que cabe à polícia e não à política. Não tenho bola de cristal e não sei o que vai acontecer com A, B ou C, nem cabe aqui ficar fazendo esse tipo de especulação”, tergiversou, em entrevista, após a inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Unidos de Castelo Branco.

Novamente, ele pregou cautela ao comentar as denúncias de corrupção contra os peemedebistas e negou se arrepender de ter feito aliança com os Vieira Lima.

“Nenhum de nós tinha o dom da vidência para saber o que estava ou não acontecendo. Repito, eu não quero prejulgar ninguém, principalmente no caso do deputado Lúcio Vieira Lima, que o que existe é uma investigação em curso. Mas quero que fique muito claro que cada um deve responder pelos seus atos e que eu defendo que o Poder Judiciário e a Polícia Federal tenham plenos poderes de investigar tudo que tem de ser investigado”, afirmou.

Neto também negou que os problemas na agremiação poderão interferir na sua decisão de se candidatar ao governo do Estado em 2018. “Da mesma forma que há possibilidade de eu disputar, há possibilidade de eu não disputar, mas não por conta de nada que envolva o PMDB. A minha decisão não passa por nenhum problema que o PMDB esteja passando nesse momento”, disse.

O vice-prefeito Bruno Reis foi colocado por Neto no PMDB, onde permanece, em um aceno de unidade com Geddel e Lúcio.

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