Publicado em 15/04/2017 às 16h30.

Nilo pediu apoio a Odebrecht para pré-candidatura ao governo, diz delator

Ex-executivo da empreiteira disse que construtora repassou R$ 300 mil para deputado estadual via caixa 2 e em espécie

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba
Foto: Izis Moacyr/ bahia.ba

 

Apelidado de “Rio” nas planilhas da Odebrecht, o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PSL), pediu “apoio” ao ex-chefe da construtora baiana, Marcelo Odebrecht, quando se colocou como pré-candidato ao Governo da Bahia, em 2013, segundo relatou o ex-executivo da empreiteira, André Vital, no acordo de colaboração premiada.

De acordo com o delator, Nilo pediu uma reunião com Marcelo Odebrecht e se encontrou com o ex-presidente da construtora, no dia 24 de julho de 2013, em São Paulo. Na ocasião, o deputado disse que, se o então secretário Rui Costa não fosse escolhido como candidato na convenção do PT, ele receberia “autorização” do ex-governador Jaques Wagner (PT) para concorrer à sucessão.

Ainda segundo Vital, a Odebrecht repassou R$ 300 mil via caixa 2 e em espécie para Marcelo Nilo. “Pelo que me recordo, o valor foi pago em três ou quatro parcelas ao longo do segundo semestre de 2013. Eu próprio entreguei os valores ao candidato no escritório da companhia em Salvador”, contou.

Conforme relatou o delator, o dinheiro seria usado por Nilo para contratar institutos de pesquisas a fim de avaliar seu potencial eleitoral para eleição de 2014 e, também, para propagandas prévias. O deputado estadual Marcelo Nilo nega as acusações.

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